50º Poema da Semana | 26fev2013

Enredo

Invento minha flor entre dois porcos
e amanheço de óculos numa praça

Incendeio meus sonhos numa esquina,
deixo as cinzas numa encruzilhada
sob o choro rasante da amada

Atravesso o destino com um mendigo
e adoto seu nome
e sua fome.
Com sua voz desdentada eu faço um hino.

Eis o homem.

*Roberval Pereyr_1953-_O Súbito Cenário_1996